sexta-feira, 20 de março de 2009

Trabalho De Geografia-IDH


O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa que engloba três dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população. O índice foi desenvolvido em 1990 pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq, e vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no seu relatório anual.
Todo ano, os países membros da ONU são classificados de acordo com essas medidas.
Atualmente, a lista é encabeçada pela Islândia, seguida da Noruega.
Critérios de Avaliação
Educação: Para avaliar a dimensão da educação o cálculo do IDH considera dois indicadores. O primeiro, com peso dois, é a taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais de idade — na maioria dos países, uma criança já concluiu o primeiro ciclo de estudos (no Brasil, o Ensino Fundamental) antes dessa idade. Por isso a medição do analfabetismo se dá, tradicionalmente a partir dos 15 anos. O segundo indicador é o somatório das pessoas, independentemente da idade, matriculadas em algum curso, seja ele fundamental, médio ou superior, dividido pelo total de pessoas entre 7 e 22 anos da localidade. Também entram na contagem os alunos supletivo, de classes de aceleração e de pós-graduação universitária, nesta área também está incluido o sistema de equivalências Rvcc ou Crvcc, apenas classes especiais de alfabetização são descartadas para efeito do cálculo.
Longevidade: O item longevidade é avaliado considerando a esperança de vida ao nascer. Esse indicador mostra a quantidade de anos que uma pessoa nascida em uma localidade, em um ano de referência, deve viver. Ocultamente, há uma sintetização das condições de saúde e de salubridade no local, já que a expectativa de vida é fortemente influenciada pelo número de mortes precoces.
Renda: A renda é calculada tendo como base o PIB per capita do país. Como existem diferenças entre o custo de vida de um país para o outro, a renda medida pelo IDH é em dólar PPC (Paridade do Poder de Compra), que elimina essas diferenças.
Cálculo
Para calcular o IDH de uma localidade, faz-se a seguinte média aritmética:
(onde L = Longevidade, E = Educação e R = Renda)
·
·
· nota: pode-se utilizar também a renda per capita (ou PNB per capita).
Legenda:
EV = Esperança média de vida;
TA = Taxa de Alfabetização;
TE = Taxa de Escolarização;
log10PIBpc = logaritmo decimal do PIB per capita.
Classificação
O índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) até 1 (desenvolvimento humano total), sendo os países classificados deste modo:
Quando o IDH de um país está entre 0 e 0,499, é considerado baixo.
Quando o IDH de um país está entre 0,500 e 0,799, é considerado médio.
Quando o IDH de um país está entre 0,800 e 1, é considerado alto.
Países de elevado desenvolvimento humano
Ver página anexa: Lista de países por Índice de Desenvolvimento Humano
Posição
País
IDHem 2006 (publicado em 2008)
Dados de 2006 (publicados em 2008)
Mudança comparada a dados de 2005 (publicados em 2007)
1
(0)
Islândia
0,968
2
(0)
Noruega
0,968
3
▲ (1)
Canadá
▲ 0,967
4
▼ (1)
Austrália
▲ 0,965
5
(0)
Irlanda
▲ 0,960
6
▲ (3)
Países Baixos
▲ 0,958
7
▼ (1)
Suécia
▲ 0,958
8
(0)
Japão
▲ 0,956
9
▲ (9)
Luxemburgo
▲ 0,956
10
▼ (3)
Suíça
0,955
11
▼ (1)
França
▲ 0,955
12
▼ (1)
Finlândia
▲ 0,954
13
▲ (1)
Dinamarca
▲ 0,952
14
▲ (1)
Áustria
▲ 0,951
15
▼ (3)
Estados Unidos
▼ 0,950
16
▼ (3)
Espanha
▲ 0,949
17
(0)
Bélgica
▲ 0,948
18
▲ (6)
Grécia
▲ 0,947
19
▲ (1)
Itália
▲ 0,945
20
▼ (1)
Nova Zelândia
▲ 0,944
21
▼ (5)
Reino Unido
▼ 0,942
22
▼ (1)
Hong Kong
▲ 0,942
23
▼ (1)
Alemanha
▲ 0,940
24
▼ (1)
Israel
▼ 0,930
25
▲ (1)
Coreia do Sul
▲ 0,928
26
▲ (1)
Eslovênia
▲ 0,923
27
▲ (3)
Brunei
▲ 0,919
28
▼ (3)
Singapura
▼ 0,918
29
▲ (4)
Kuwait
▲ 0,912
30
▼ (2)
Chipre
▲ 0,912
31
▲ (9)
Emirados Árabes Unidos
▲ 0,903
32
▲ (8)
Bahrein
▲ 0,902
33
▼ (4)
Portugal
▲ 0,900
34
▲ (1)
Qatar
▲ 0,899
35
▼ (3)
República Checa
▲ 0,897
36
▼ (2)
Malta
▲ 0,894
37
▼ (6)
Barbados
▼ 0,889
38
▼ (2)
Hungria
▲ 0,877
Posição
País
IDHem 2006 (publicado em 2008)
Dados de 2006 (publicados em 2008)
Mudança comparada a dados de 2005 (publicados em 2007)
39
▼ (2)
Polónia
▲ 0,875
40
(0)
Chile
▲ 0,874
41
▲ (1)
Eslováquia
▲ 0,872
42
▲ (2)
Estônia
▲ 0,871
43
(0)
Lituânia
▲ 0,869
44
▲ (1)
Letônia
▲ 0,863
45
▲ (2)
Croácia
▲ 0,862
46
▼ (8)
Argentina
▼ 0,860
47
▼ (1)
Uruguai
▲ 0,859
48
▲ (3)
Cuba
▲ 0,855
49
(0)
Bahamas
▲ 0,854
50
▼ (2)
Costa Rica
▲ 0,847
51
▲ (1)
México
▲ 0,842
52
▲ (4)
Líbia
▲ 0,840
53
▲ (5)
Omã
▲ 0,839
54
▼ (4)
Seychelles
▼ 0,836
55
▲ (6)
Arábia Saudita
▲ 0,835
56
▼ (3)
Bulgária
▲ 0,834
57
▲ (2)
Trinidad e Tobago
▲ 0,833
58
▼ (4)
Panamá
▲ 0,832
59
(0)
Antígua e Barbuda
▲ 0,830
60
▼ (6)
São Cristóvão e Névis
▲ 0,830
61
▲ (13)
Venezuela
▲ 0,826
62
(0)
Romênia
▲ 0,825
63
(0)
Malásia
▲ 0,823
64

Montenegro
▲ 0,822
65

Sérvia
▲ 0,821
66
▲ (5)
Santa Lúcia
▲ 0,821
67
▼ (2)
Bielorrússia
▲ 0,817
68
▲ (1)
Macedónia
▲ 0,808
69
▼ (1)
Albânia
▲ 0,807
70
(0)
Brasil
▲ 0,807
71
▲ (2)
Cazaquistão
▲ 0,807
72
▲ (17)
Equador
▲ 0,807
73
▼ (6)
Rússia
▲ 0,806
74
▼ (8)
Maurícia
▼ 0,802
75
▼ (8)
Bósnia e Herzegovina
▼ 0,802
Situação de Portugal
Portugal está em 33º no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O instituto classifica como bom o nível de vida, índices a partir de 0,8. No ranking mundial Portugal (33º) está à frente dos demais países de língua portuguesa: o Brasil está em 70º, Cabo Verde em 102º, Angola em 162º, Guiné-Bissau em 175º, Timor-Leste em 150º e Moçambique em 172º. Portugal melhora gradualmente o seu índice desde que a avaliação foi instituida, em 1975. Não obstante, possui o IDH mais baixo da Europa ocidental e vem perdendo posições no ranking mundial. Em 2005, obteve seu maior nível (0,904).
Portugal tem registado um forte crescimento do IDH, desde 1970, bem como dos Índices intermédios que o compõem, principalmente nas décadas de 70 e 80. Relativamente ao último ano de observação, 1999, é a Região de Lisboa e Vale do Tejo que apresenta o valor mais elevado, (0,925) superior à média nacional (0,905). As regiões com valores de IDH mais baixos são o Alentejo (0,872) e a Região Autónoma da Madeira (0,889), seguindo-se a Região Centro com 0,894, a Região Norte com 0,899, o Algarve com 0,900, e os Açores com 0,903. De notar que ao nível das sub-regiões, a dicotomia entre Litoral e Interior se mantém entre 1970 e 1999, apesar da evolução dos valores de IDH entre essas datas. Por outro lado, o Litoral é mais restrito em 1999 do que em 1970 e do que em 1991. A sub-região com valor mais elevado de IDH, em 1999, é a Grande Lisboa, com 0,938, e a que apresenta valor mais baixo é o Baixo Alentejo, 0,862.
1975: (índice = 0.785) - médio desenvolvimento humano
1980: (índice = 0.799)
1985: (índice = 0.821) - elevado desenvolvimento humano
1990: (índice = 0.847)
1995: (índice = 0.876)
2000: (índice = 0.896)
2005: (índice = 0,904)
2007: (índice = 0.897)
2008: (índice = 0.900)
Situação do Brasil

2006
▲ 0.807
2005
▲ 0.800
2000
▲ 0.789
1995
▲ 0.753
1990
▲ 0,723
1985
▲ 0,700
1980
▲ 0.685
1975
▲ 0.649

Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano 2007/2008 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) o Brasil entrou pela primeira vez para o grupo de países com elevado desenvolvimento humano, com um índice medido em 0,800 no ano de 2005. Em 2006, obteve uma melhora no índice de 0,007 com uma pontuação de 0,807. Encontra-se na 70ª colocação mundial, posição que já mantinha no ano anterior.
Há muitas controvérsias quanto ao relatório de 2007 divulgado pelas Nações Unidas. Muitas instituições afirmam que o Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil possa estar errado e que o correto seria de 0,802 a 0,808. O motivo seria a não atualização de vários dados relativos ao Brasil por parte da organização. O primeiro dado seria o do PIB per capita, que atualizando as revisões do IBGE seria de US$ 9.318 e o índice saltaria para algo entorno de 0,806. Outro dado é a taxa de alfabetização, que evoluiu 88,6% para 89,0%, isso significaria uma elevação de 0,003 no índice final. E há ainda um problema estatístico, a renda per capita de 2005 foi calculada com base em uma projeção de população de 184 milhões de brasileiros. Mas a Contagem Nacional da População, feita recentemente pelo instituto, revelou que apenas em 2007 o país atingiu este número de habitantes. Se isso for levado em conta, com menos gente para repartir o PIB, a renda per capita subirá, e o índice ganhará um acréscimo de 0,002.
Mesmo assim, o Brasil continua a ser internacionalmente conhecido por ser uma das sociedades mais desiguais do planeta, onde a diferença na qualidade de vida de ricos e pobres é imensa. Mas dados estatísticos recentes, contidos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o quadro começa a se alterar. Entre 2001 e 2004 a renda dos 20% mais pobres cresceu cerca de 5% ao ano enquanto os 20% mais ricos perderam 1%. Nesse mesmo período houve queda de 1% na renda per capita e o Produto Interno Bruto (PIB) não cresceu significativamente. A explicação dos economistas brasileiros e também de técnicos do Banco Mundial para a redução das desigualdades está nos programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família. No entanto, como mais de dois terços dos rendimentos das famílias brasileiras provém do trabalho assalariado, há necessidade de crescimento da economia e do mercado de trabalho.
Educação
35
Emirados Árabes Unidos
▼ 88,0
36
Brasil
▲ 87,5
37
Malásia
▲ 87,3
Na área de educação, o Brasil tem melhor desempenho que a média mundial e regional. No relatório 2007, o país ficou com um índice de alfabetização adulta de 88,6% (64ª colocação mundial, logo abaixo dos Emirados Árabes Unidos e logo acima de São Vicente e Granadinas), índice igual ao encontrado em 2004, por conta das Nações Unidas não ter atualizado os dados. Segundo o IBGE, a taxa de alfabetização adulta evoluiu de 88,6% para 89,0% no período. O relatório captou, porém, um aumento no percentual de pessoas em idade escolar dentro das escolas e universidades, de 86,0% em 2004 para 87,5% em 2005 (36ª colocação mundial, logo abaixo da Alemanha e acima de Singapura).
Longevidade
78
Jordânia
▲ 71,9
79
Brasil
▲ 71,7
80
Arménia
▲ 71,7
Na área de longevidade, o Brasil vem conquistando grandes avanços nos últimos anos. A expectativa de vida em 2005 foi estimada em 71,7 anos ao nascer (79ª colocação mundial, logo abaixo da Jordânia e acima da Armênia) segundo o relatório. Em 2004, o índice era estimado em 70,8 anos ao nascer, e, em 2000, 67,7 anos. A esperança de vida brasileira supera a média global. Esse aumento da longevidade é um indicativo de melhoras no acesso a alimentação, saúde e saneamento.
Renda
66
Turquia
▲ 8,407
67
Brasil
▲ 8,402
68
Tunísia
▲ 8,371
Por fim, também a renda influi no cálculo do desenvolvimento humano, sendo no que o Brasil mais precisa melhorar. O último relatório das nações unidas apresenta um PIB per capita (PPC) de US$ 8,402 (67ª colocação mundial, logo abaixo da Turquia e acima da Tunísia). Com isso, a renda dos brasileiros aumentou, entre 2004 e 2005, de US$ 8.195 PPC para US$ 8.402 PPC. O que causa controvérsia pois as Nações Unidas não atualizaram as revisões do IBGE e continuam usando os métodos do chamado "Velho PIB". Com uma revisão de cálculos em Março de 2007, o IBGE descobriu que o país era 10,9% mais rico do que se imaginava, mudando assim uma série de dados, entre eles o PIB per capita que deveria ser de US$ 9.318.

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